Alcoólicasde Hilda Hilst É crua a vida. Alça de tripa e metal.Nela despenco: pedra mórula ferida.É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.Como-a no livor da línguaTinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-meNo estreito-poucoDo meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vidaTua unha plúmbea, meu casaco rosso.E perambulamos de coturno pela ruaRubras, góticas, altas de corpo e copos.A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrimaOlho d'água, bebida. A Vida é líquida.(Alcoólicas - I)
ai que gosto de papelão...preciso de sinais de vocês.não sei o qual.sil
esse poema de hilts foi meu fundo musical nesse fim d semana. sil
Verto a vertigem no copo de açaí verde, Embora a vida semei agonias, o frenesi do fruto me põe a pronta entrega ao balanço da rede. Basto-me!
Alcoólicas
ResponderExcluirde Hilda Hilst
É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.
(Alcoólicas - I)
ai que gosto de papelão...preciso de sinais de vocês.não sei o qual.sil
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ResponderExcluirVerto a vertigem no copo de açaí verde, Embora a vida semei agonias, o frenesi do fruto me põe a pronta entrega ao balanço da rede. Basto-me!
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