sexta-feira, 26 de agosto de 2011

No quintal dos nossos fim de tarde.


De quando a gente se senta e come pimenta tirada do jardim da alê.

4 comentários:

  1. Alcoólicas

    de Hilda Hilst



    É crua a vida. Alça de tripa e metal.

    Nela despenco: pedra mórula ferida.

    É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.

    Como-a no livor da língua

    Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me

    No estreito-pouco

    Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida

    Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.

    E perambulamos de coturno pela rua

    Rubras, góticas, altas de corpo e copos.

    A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.

    E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima

    Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.

    (Alcoólicas - I)

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  2. ai que gosto de papelão...preciso de sinais de vocês.não sei o qual.sil

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  3. esse poema de hilts foi meu fundo musical nesse fim d semana. sil

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  4. Verto a vertigem no copo de açaí verde, Embora a vida semei agonias, o frenesi do fruto me põe a pronta entrega ao balanço da rede. Basto-me!

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